quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Entrevista Malu Galli Parte 3 04/09/2012


Você é casada com um artista plástico. Ele tem ciúmes de suas cenas?
Não, não tem ciúmes. Ele é bastante compreensivo, até por ser
artista também.
Como é sua relação com seu filho, Luiz?
Meu filho é tudo para mim. Sou uma mãe bastante protetora e
amorosa. Às vezes peco pelo excesso! Somos bastante companheiros e nos divertimos juntos.
Já viveu problemas parecidos com os que existem entre a Lygia e Samuel [personagem de Miguel Rocato]? 
Ainda bem que não, mas acho que quando a adolescência chegar,
alguns problemas chegarão também, é inevitável. Ele compreende minha profissão e me apoia muito. Me dá ideias e faz críticas super pertinentes.
Já conseguiu fazer aquela viagem para a Itália e a Grécia?
Ainda não fiz a viagem, mas quem sabe no ano que vem. Estava com roteiro pronto e surgiu o convite para a novela.
Você já afirmou que seu maior defeito é a irritabilidade. O
que mais lhe tira do sério?
Perco a paciência com incompetência e arrogância. As duas coisas juntas, então... Mas tenho tentado me trabalhar para não levar as coisas tão a sério.
Você está prestes a completar 41 anos. Bateu alguma crise de idade?
Crises vêm e vão. Procuro não valorizar essa crise da idade porque, principalmente com as mulheres, ela surge provocada por uma sensação de inadequação em um mundo onde a juventude é tida como a maior virtude. Isso não é justo. Nem sábio.
Divulgação/TV Globo
Divulgação/TV Globo
Em uma entrevista, você disse que gostaria de ser uma cantora negra com uma voz incrível. Qual a sua relação com a música?
Amo música. Me arrependo de não ter me desenvolvido mais, não
tocar um instrumento.
Toparia fazer um musical?
Claro que sim! E vou fazer: em novembro estreio uma peça em que vou cantar bastante.
Como surgiu o lado diretora da Lygia?
Surgiu por acaso, lendo uma peça que tinha sido convidada para
atuar. Mas, enquanto lia, só pensava em dirigir aquilo. Daí, resolvi
ouvir o meu instinto e produzi a peça para poder colocar aquelas
ideias em prática.
Como você lida com a crítica? Ela é importante?
Procuro dar o valor exato que a coisa tem, nem mais, nem menos.
Procuro escutar de coração aberto.
Entre atuar e dirigir, o que te chama mais para a dramaturgia?
Acho que ainda prefiro atuar. Dirigir é uma coisa esporádica na
minha vida, só faço quando acontece de me sentir desafiada a
fazê-lo.
Você tem uma ampla experiência no teatro e agora está mais
atuante na TV. Acha que o teatro dá mais oportunidades para o ator se aprofundar nos personagens?
Sim, o processo de ensaios, a temporada, tudo isso te dá uma
relação de estudo e construção da personagem bastante aprofundada.
Dá para viver de arte sem estar na mídia?
Claro que sim. Muita gente vive. Tem que produzir muito, trabalhar
muito. Verdade que algumas coisas ficam mais fáceis, ou mais
acessíveis quando se trabalha na TV.
Divulgação/TV Globo
Divulgação/TV Globo
Você ficou cerca de dez anos longe da televisão. Foi uma
escolha?
Não considero que tenha ficado 10 anos longe da TV, porque considero minha estreia na série 'Queridos Amigos'. Antes disso, as pessoas não me conheciam. O trabalho que fiz em 'Anos Rebeldes' foi uma pontinha, passei em um teste para ser uma das amigas da personagem da Malu Mader, quase não falava. Foi bom para aprender, para observar meus colegas trabalhando. Não foi uma escolha não fazer TV durante todo este tempo, eu bem que tentei, fiz testes, deixei material, etc. Mas, é difícil conseguir uma chance.
De 'Três Irmãs' para cá, você emplacou uma novela atrás da
outra. Os diretores te redescobriram?
Os diretores me descobriram. Eles não me conheciam. A maioria não vai ao teatro.
'Tempos Modernos' não foi bem de audiência. Em sua opinião, porque a novela não emplacou?
'Tempos Modernos' era confusa. A história passou por muitas
modificações e não encontrou um trilho. A ideia era boa, mas nem
sempre acontece de uma boa ideia dar uma boa novela.
Nas horas vagas, você assiste novela?
Quando estou gravando novela, não consigo assistir muito. Assisto a minha para acompanhar meu trabalho e dos meus colegas. Então, não sobra muito tempo para ver as outras.
Qual balanço você faz de sua trajetória na TV?
Como disse antes, eu considero que faço TV há 5 anos. De lá para cá, fiz trabalhos bem diferentes uns dos outros, trabalhei com diretores excelentes, tive colegas maravilhosos. Acho isso um privilégio. Sinto que estou construindo uma história sólida e
bonita.
Assistiu à reprise de 'Anos Dourados' no Viva? 
Adoro 'Anos Rebeldes'! Um barato ver a gente tão novinho ali. A
série foi um marco na televisão brasileira, um trabalho primoroso
de toda a equipe. Dá uma nostalgia gostosa.

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